quarta-feira, 20 de junho de 2012

                                                                      Amor Mendigo


Ando distraída de meus passos,
Tua marcha, agora, é minha alvorada.
Não te culpo,
Posto que minha seja toda a culpa
Por amar-te sem medida e,
Minha vida já não existe distante da tua.

Ando apaixonada, simplesmente.
E de meus versos exala um quarto do amor
Que me sufoca a alma.
Amo-te tanto que,
Deixar-te livre é o mesmo que sofrer,
Entretanto, como prender um beija-flor
Que de minha água doce jamais bebeu?

Tu me destróis em cada gesto,
Mas os faz tão delicados,
Que tua simples passagem já colore o meu dia.
Esperar-te-ia dias, meses, anos,
Toda a minha vida,
Posto que grande e quente como sol é o meu amor
e nunca há de esvaecer.

Amo-te sem esperar de ti um riso,
Um afago, ou uma flor sequer,
nem esperar ser lembrada, se um dia você resolver partir.
És meu laço, meu riso, meu fato.
          Se vivo, é por meu sangue ser teu amor e,
Por ser meu olhar mendigo de teus passos,
De teus gestos, de teus abraços.

                                        Raíssa Bahia



Texto de Raíssa Bahia. Mais textos da autora em http://raissabahia.blogspot.com

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