quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pra nossa vida eu quero amor, o resto eu desconheço.


   A verdade é que não posso mais mentir pra mim. És tu, aquele pelo qual eu deveria esperar. Aquele que mesmo quando tudo dá errado e eu acabo perdendo as esperanças, és tu quem fazes tudo se encaixar onde tem que ser. E isso eu não posso mais fingir não enxergar.

    És tu o responsável por meus sorrisos no canto dos lábios, o mais discreto possível, só pra não fazer alarde de que te encontrei. Aquele que, mesmo sabendo que eu nunca irei confessar os meus problemas, fica ali no cantinho esperando que meu pranto cesse só pra me dar um abraço e dizer “eu estou aqui!”.

    E mesmo com todos os outros olhares que já foram trocados com os meus, é o teu olhar que eu recordo de imediato, porque nele eu consigo me ver de um jeito único, do jeito que tu me vês. E no teu olhar, onde meus defeitos pouco importam, eu quero sempre estar.

    Não importa o que fizemos lá atrás, só importa o que vem pela frente. Simples, natural, imprevisível: assim vai ser. Sem discursos longos para tentar explicar o que estamos sentindo, apenas deixando que nossos olhares falem por nós e que, certos ou errados, sigamos o que for mais forte que nosso próprio pensamento. Que nos joguemos, sem volta, nesse velho mundo novo que nos pinta hoje.

                                 

Texto de Amanda Campelo, gentilmente cedido ao blog pela autora. Mais textos de Amanda Campelo em http://campelomodeon.blogspot.com.br.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Elton John - Sua canção





É um tanto engraçado este sentimento interior
Eu não sou do tipo de pessoa que consegue esconder facilmente
Não tenho muito dinheiro, mas garoto, se eu tivesse
Compraria uma grande casa onde nós dois poderíamos viver
Se eu fosse um escultor, mas poxa, não sou
Ou um homem que faz poções em um circo
Eu sei que não é muito, porém é o melhor que eu posso fazer
Meu presente é minha canção e esta é para você
E você poderá contar para todo o mundo que esta é sua canção
Talvez ela seja bastante simples, mas agora que está terminada
Eu espero que você não se importe (bis)
Que eu tenha colocado em palavras
Como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo
Me sentei no telhado e retirei o musgo
Bem... alguns dos versos me colocaram em uma encruzilhada
Mas o sol estava adorável enquanto eu escrevia esta canção
É para pessoas como você, que a mantém viva
Então perdoe-me se eu esquecer, mas estas coisas eu faço
Perceba que esqueci, se são verdes ou são azuis
De qualquer maneira, bom... o que eu realmente quero dizer
É que seus olhos são os mais doces que já vi.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Marina no Ar








Guilherme Arantes

Antes era a paisagem
 meio céu e meio chão
 uma voz quente
 canta contente
 "I am alone with you...
 ...we are lonely no more"
 Quem era? Quem é ela?
 Nuvens passam depressa
 passa o tempo devagar
 Uma voz quente
 canta no rádio
 "I am alone with you...
 we are lonely no more"
 Marina
 Ilumina
 Meu silêncio, minhas noites vãs
 minhas manhãs desertas de paixão
 Meu coração sem sol
 Meu sonho de amor,
 desejo de querer
 Tudo o que você quiser
 Vidas que se encontram
 Por acaso, por querer,
 Pra ficar perto, pra cantar junto,
 "I am alone with you...
 we are lonely no more"
 Marina aproxima
 A distância do que eu quero mais
 Faz mais bonita a espera de amar
 Submarina azul
 Brilhando num mar de luz, de som, de cor
 Tudo o que você quiser
 Quando você quiser
 Se você quiser.

Mujer, nada me has dado



Pablo Neruda

Nada me has dado y para ti mi vida
deshoja su rosal de desconsuelo,
porque ves estas cosas que yo miro,
las mismas tierras y los mismos cielos,

porque la red de nervios y de venas
que sostiene tu ser y tu belleza
se debe estremecer al beso puro
del sol, del misino sol que a mí me besa.

Mujer, nada me has dado y sin embargo
a través de tu ser siento las cosas:
estoy alegre de mirar la tierra
en que tu corazón tiembla y reposa.

Me limitan en vano mis sentidos
-dulces flores que se abren en el viento-
porque adivino el pájaro que pasa
y que mojó de azul tu sentimiento.

Y sin embargo no me has dado nada,
no se florecen para mí tus años,
la cascada de cobre de tu risa
no apagará la sed de mis rebaños.

Hostia que no probò tu boca fina,
amador del amado que te llame,
saldré al camino con mi amor al brazo
como un vaso de miel para el que ames.

Ya ves, noche estrellada, canto y copa
en que bebes el agua que yo bebo,
vivo en tu vida, vives en mi vida,
nada me has dado y todo te lo debo.

Do meu mundo para o seu


       E aí você chegou. Foi tão de repente e silenciosamente, que só me dei conta quando você tocou minha mão pela primeira vez. O momento mais brilhante da minha vida. Sabe quando uma coisa não é simplesmente o que define o dicionário? Foi assim. Um toque que me fez sorrir – e me assustou – e eu senti aquela troca de energia passando de ti, chegando a mim de um jeito que há tempos não sentia.

       Quando eu me dei conta, eu precisava te abraçar pelo menos uma vez ao dia, só pra vida ter um pouco mais de sentido. E toda aquela troca de energia aumentava cada vez que a gente se via, cada vez que pensávamos um no outro.

     Ontem, enquanto todo mundo ia embora da sala de cinema e nós ficamos vendo os créditos subirem, você me disse que tocar a minha mão foi a decisão mais sábia que você tomou em toda a sua vida. E depois você ainda sorriu aquele sorriso mais bonito do universo inteiro.

        Vez em quando me pergunto o que seria da minha vida sem você. A previsão de como seria, me deprime, até eu lembrar que mais tarde vou te abraçar – troca de energia que recarrega minhas forças, mais necessário que oxigênio, bem mais que água pra hidratar meu corpo. Você.

        Eu sei que já não me pertenço mais, não agora que meu mundo é seu. Eu sabia desde que te vi: saí do meu mundo e fui viver no teu.

                           Tumblr_m6bx4nbboc1r57ixqo1_500_large
                             
                                                                      fonte imagem: http://weheartit.com/entry/31523369
                               
Texto de Renan Mendes, gentilmente cedido ao Litros e Letras pelo autor. Mais textos de Renan Mendes no blog Inconstante em http://renaomendes.blogspot.com.br/