terça-feira, 31 de julho de 2012

Soneto do amor total


 
 
Vinícius de Moraes
 

 Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
...
Nunca, sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de amar assim muito amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

2 comentários:

  1. Me lembro do período para estudar literatura pro vestibular, achei esse soneto pelo meio e ficava lendo direto.

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    1. Obrigado pela visita amanda. Fico feliz que tenha despertado em você boas lembranças de um tempo incrível na vida de todos nós. Beijos e até a próxima visita.

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